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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mais um ponto de vista...rs

Durante este quadrimestre fui "apesentada" a diversas exposições sobre o "sujeito" e suas atuações (ou performances) na sociedade. Partindo do projeto proposto pela matéria EDS, pude (junto ao meu grupo) desenvolver argumentações e reflexões bastante interessantes sobre os ideários e as ideologias. Obtive noções sobre identidade e subjetividade e agora quero descrever um pouco sobre como minhas concepções foram alteradas.
Sempre acreditei que o Ser Humano era uma espécie de "mosaico", uma peça que contém diversas formas e cores montadas aleatóriamente e isso tornava o Ser Humano único.Lendo Stuart Hall, pude atentar para uma questão além, a noção de essência. Por mais que queiramos afirmar o quanto somos "únicos" devemos refletir a respeito disso que chamamos de essência, posto que tudo no mundo interfere de forma decisiva para a transformação de nossos pensamentos, e ações.Um mesmo objeto pode ser interpretado de inúmeras formas pelas pessoas dada essa subjetividade.As identidades multifacetadas e ordenadas de acordo com as mais distintas lógicas , são responsáveis pelos comportamentos muitas vezes inesperados e incompreensíveis.Por isso observei ser tão importante o respeito a essas concepções e acredito ser imprescindivel que se entenda que todos devem ser educados para respeitar e verdadeiramente as diferenças fazendo com que o sistema corresponda de alguma forma com o desejo de todos e não apenas com a "Democracia da maioria".
Entendida então essa questão de identidade, pude compreender de uma forma mais "profunda" a noção e o papel das ideologias, que embora sirva, de parâmetro e modelo para diversos grupos, não são os únicos responsáveis pelas suas ações posto que cada sujeito hierarquiza a sua maneira suas identidades, fazendo com que em determinadas situações uma se sobreponha a outra.
Gostaria de terminar meu texto com uma reflexão que uma de nossas aulas me causou.Sei que o que direi pode parecer "pequeno" e "indiferente" dentro de um quadro onde tanto precisa ser feito, mas ainda sim, acredito ser importante.
Estive observando os uniformes das pessoas que limpam nosso prédio e comparei com os uniformes dos demais auxiliares de limpeza que vi.Concordo que alguns uniformes são fundamentais pois diferenciam e facilitam a identificação, por exemplo de um policial, de um aluno, etc. Mas em relação aos uniformes dos auxiliares de limpeza, me sinto ainda incomodada. O sujeito ali esta parcialmente desqualificado. Não existe uma diferença entre a roupa de um homem e de uma mulher, a cor é certamente uma variação de bege ou pardo, e o tecido não parece ser nada confortável.
Acho que quando a pessoa entra no vestiário para colocar aquele uniforme se descaracteriza totalmente e assume digamos "um outro papel, mas diferentemente de um ator, esse "papel" não tem prestígio algum.Não sou contra os uniformes, mas acho que alguns deles tiram uma parte fundamental da nossa expressividade. O que vocês acham?

Um comentário:

  1. De fato Mari, um msm objeto pode ser interpretado de uma forma distinta por diversos individuos da sociedade devido a subjetividade e as identidades multifacetadas e ordenadas de acordo com as mais diferentes lógicas, que são responsáveis pelos comportamentos muitas vezes inesperados e incompreensíveis devem ser respeitados, apesar dos pré-conceitos de cada um que utiliza td sua bagagem de mundo p/ a tal interpretação. Desta forma, concordo q certos uniformes tiram uma parte da identidade dos individuos, trazendo incomodo, vergonha ou até humilhação, enquanto outros privilegiam, dão prestígio, hierarquizam. Por isso, pq tds não utilizam apenas seus meros crachas? além disso, pq aquela cor estrannha dos uniformes dos funcionarios da limpeza, visto q o tom claro evidencia ainda mais a sujeira q os trabalhadores tiram do ambiente e muitas vezes incorporam nas suas roupas...

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